“Sim, grandes coisas fez O SENHOR por nós, E POR ISSO estamos alegres”. Sl. 126:3
O tic-tac do relógio não pára. Aliás, a cada momento parece que ele acelera ainda mais. Vivem-se tempos onde a correria do diaa-dia tem produzido uma mensagem deturpada dentro das igrejas. É a era do corre-corre, do “fast-food”. Quanto menos tempo gasta, mais satisfeito fica. Mas, que relação tem essa correria com essa passagem bíblica? Simples, isso tem causado uma alteração na teologia contemporânea, e por questão dessa metamorfose teológica, as pregações estão voltadas para a auto-satisfação, realização pessoal.
Qual o tamanho do seu apartamento? Quantos pares de sapatos você
tem? Qual o ano do seu automóvel? O que de fato tem valor, o Deus a quem se serve ou o que Ele tem nas mãos?
Sim, é bem verdade que o Deus a quem se serve é dono do ouro e da prata. Riquezas materiais estão em Suas mãos. Mas isso de forma alguma deve ser a atração por Ele.
Muitos pregadores atuais, vendedores do evangelho, estão banalizando a fé se corrompendo com as cifras monetárias. São homens viajantes, sem origem nem destino. Onde encontram uma porta aberta entram em nome de Deus e saqueiam os fiéis levando muito mais que dinheiro. Levam dignidade; aproveitando-se da inocência. Mas até quando são inocentes? Nessa história são vítimas ou cúmplices passivos? A pergunta é: Quanto vale a integridade do
profeta?
No verso em pauta está registrado: “Sim, grandes coisas fez O SENHOR por nós, E POR ISSO estamos alegres”. O salmista no texto original dá ênfase à palavra “IAVÉ”, ou seja, em “quem” fez e não “no que” foi feito. Mas esses banalizadores do evangelho empurram por garganta abaixo exatamente o contrário. A ênfase para eles está em “GRANDES COISAS” e esse seria o motivo da alegria. Mas não é assim no texto original. A exegese bíblica, o sermão expositivo, hoje escasso nos cultos, nos diz que o verdadeiro motivo da alegria dos cativos de Sião era saber quê, foi O SENHOR quem fez as grandes coisas.
Precisa-se definitivamente de uma nova reforma protestante, dessa vez não contra os dogmas, mas sim contra a maneira apática e inerte de se viver dentro das igrejas, como crentes “avestruzes” que comem qualquer coisa que lhes dão. Não se importam com as qualificações e valores espirituais do profeta, olham para a aparência.
Se o profeta se veste bem, tem um bom sapato, um gel no cabelo e é enérgico, ficam empolgados. Não prestam atenção naquilo que estão ouvindo, mas em como está sendo transmitido.
Serviriam, pois, a um Deus de mãos vazias? Não existe nada de maior valor nas mãos de Deus do que as marcas dos cravos. O Senhor é maior do que qualquer coisa que Ele possa fazer. Podem se considerar servos interesseiros e ingratos se servirem ao Senhor só pelas dádivas das suas mãos.
Portanto, olhe exclusivamente para QUEM tem feito tudo por você, e não pelas bênçãos que tem recebido, para que possa dizer corretamente, como o salmista: “Estamos alegres porque foi O SENHOR quem fez grandes coisas”.
Escrito por:
Elimar José Vieira(Bob Lee) - Bacharel em Teologia
postado no Boletim da Igreja Assembléia de Deus Ministério Hebrom
